"In your brown eyes
I walked away
In your brown eyes
I couldn't stay"
Hello! =)
Para (não) variar, peço desculpa pela enorme ausência ^^'
É que nós andamos um bocado desleixadas xD
Era para ser a Rita a postar este capitulo, mas como ela tá mais para lá do que para cá sou eu x)
Vamos tentar postar mais frequentemente agora :)
Bjo. <3
11º Capitulo
- Pois foi… - Murmurou meia aluada, relembrando tudo o que se tinha passado na noite anterior. Levantou-se, e assim que o fez as suas costas estalaram sonoramente. – Ai. – Gemeu de dor. – Lembra-me de nunca mais adormecer num sofá. – Pediu enquanto tentava endireitar-se e ignorar ao máximo as dores que sentia nas costas.
- Digo-te o mesmo. – Imitou-a.
Entretanto Mia apareceu na sala, espreguiçando-se preguiçosamente. – Bom d… - Estatelou assim que deu de caras com Tom. – Ou dormiste aqui ou chegaste mesmo agora. – Afirmou elevando uma sobrancelha. – Qual dos dois?
- Dormi aqui. – Acabou de se vestir vagarosamente.
- Hum… o que é que vocês os dois andaram a fazer aqui em casa sozinhos? – Perguntou com um toque de malícia impregnada na voz.
- Eu vim fazer-lhe companhia ontem à noite e nos estivemos no… au! – O rapaz guinchou a meio da frase assim que sentiu a morena beliscar-lhe a perna direita, num acto que demonstrava rigorosamente que ela não queria que ele contasse a alguém sobre o que se tinha passado no telhado. – No sofá. – Completou, mudando a última palavra, enquanto olhava a de olhos azuis pelo canto do olho. – Vimos um filme e começamos na brincadeira e acabamos por adormecer aqui mesmo. – Finalizou.
Mia cruzou os braços sob o peito e encostou-se à parede. Toda aquela história não fazia sentido.
- Brincaram ao quê? – Enrugou o lábio superior.
A de cabelos castanhos chocolate abriu muito os olhos, aflita, sem saber o que dizer ou fazer. Olhou rapidamente para o de tranças e abriu várias vezes a boca, tentado soar algum tipo de som. Ele riu-se, apertando o cinto das calças. Depois, sentou-se novamente e calçou-se.
- Aos médicos. Também querias, Mia? – Colocou o gorro na nuca e ajeitou a camisola, enrodilhada.
- Dispenso brincadeiras dessas contigo, Tom. – Revirou os olhos, preparando-se para se servir de panquecas.
- É uma pena, Mia. Não sabes realmente o que perdes. – Agarrou no telemóvel. – Vou-me embora. Se me precisarem de alguma coisa já sabem. – Beijou cada uma no rosto e saiu de casa, caminhando pelas ruas frias e cobertas por nevoeiro. Levou as mãos aos bolsos e bufou, vendo o seu vapor sair, à medida que respirava.
Continuou a sua caminhada com o seu destino pré-definido para sua casa. Sorriu ao relembrar tudo o que tinha acontecido na noite passada. Concordava plenamente que Kimberly tinha uma excelente voz. Ficara feliz com a música que ela escolhera para cantar para ele. Não era qualquer rapariga que tinha o poder de o enfeitiçar daquela maneira. Não percebia o que sentia, mas sabia que aquela rapariga era especial. Quem sabe não se viessem a tornar nos melhores amigos… ou talvez algo mais.
Kim queria que ele guardasse segredo sobre aquilo. E apesar de o querer fazer a 100% ele esperava que ela compreendesse que não faltaria muito até Bill saber também; os gémeos não tinham quaisquer segredos, e este não seria o primeiro.
Ao chegar à porta de casa revirou os bolsos das calças, procurando as suas chaves. Não as encontrou! Devo tê-las deixado em casa delas, pensou. Espero que o Bill esteja em casa.
Tocou à campainha, e não demorou muito até esta ser aberta de rompante, mostrando um ser idêntico a si. Se não fossem as roupas extravagantes, o cabelo e a maquilhagem.
- Bom di…
E antes que pudesse terminar, o seu maxilar latejava de dor, ao receber o punho fechado de Bill.
- Au! – Queixou-se, verificando se tinha o maxilar inferior deslocado ou não. – Para quê que foi isso? – Entrou dentro de casa, embatendo violentamente com a porta.
O mais novo virou-lhe costas, indo para a sala.
- Estás-te a passar?! – Berrou.
- Tu és um cabrão! – Apontou-lhe o dedo. – Não sabes o quanto fiquei preocupado contigo! E depois quando te ligo dizes-me que estás a comer a gaja!
- Eu? – Apontou para si mesmo, abrindo muito os olhos – Ontem à noite eu e ele… – Apontou para a braguilha. - Estivemos bem quietinhos!
O gémeo revirou os olhos e cruzou os braços, batendo com o pé freneticamente no chão.
- Não foi isso que me disseste quando te liguei.
- Nem me lembro de me teres telefonado! – Exclamou.
- Disseste que estavas a dormir com a Kim no sofá.
Ele coçou a cabeça, bufando logo de seguida.
- E dormi. – Respondeu. – Mas apenas dormi, Bill!
Fitaram-se em silêncio por breves instantes. Tom agarrou numa almofada de decoração e atirou-a contra a cara do mais novo. Que refutou logo a seguir.
- Deixa-te de tretas! Preciso de te contar uma cena muito importante.
- O que foi?
- Promete que não contas a ninguém. – Sentou-se. – É segredo, Bill.
- Estás-me a deixar preocupado. – Sentou-se num puff.
- Não é nada de preocupante… - Pelo menos não o era muito, porque se Kim quisesse continuar a esconder o seu talento por muito mais tempo, aí sim, seria preocupante. – Mas primeiro promete. – Olhou-o nos olhos.
- Sabes que sim, Tom. Não preciso de te prometer nada quando tu queres que eu guarde um segredo. Sabes que podes confiar em mim. – Incitou.
- Eu sei. – Suspirou. – Mas o segredo não é meu, é da Kim. Ela nem sabe que eu te vou contar, mas eu espero que ela depois compreenda. Tu és meu irmão gémeo, eu nunca te escondi nada e…
- Desembucha rapaz. – Atirou já a ficar impaciente; odiava rodeios.
- Ontem à noite quando fui lá a casa ver se a Kim queria companhia ouvi alguém lá dentro a cantar. A voz era tão doce, tão suave, tão bela, tão… petrificante. Fiquei completamente petrificado a ouvir; tal e qual quando te ouço a ti a cantar. – Fez uma pausa esperando que Bill dissesse alguma coisa. Como não se pronunciou continuou. – Fiquei encostado à porta do apartamento a ouvir aquela melodia, acabei por fazer um pouco de barulho e ao que parece ela ficou assustada, pois abriu a porta atirou-me com uma jarra à cabeça. – O mais novo arregalou muito os olhos assim que o outro lhe mostrou o seu braço ligado. – Ela rapidamente se desculpou e tratou de me socorrer. – Sorriu ao relembrar o ar aflito da rapariga. – Digamos que com um toque de magia a convenci e ela acabou por me confessar que era ela a dona daquela voz. – Riu. – Levei-a até ao telhado e vendei-lhe os olhos para que ela não sentisse vergonha ao cantar para mim. Produzi a melodia com a minha guitarra e ela cantou uma música linda que me fez sentir como se mais nada existisse à nossa volta. – Voltou a sorrir com um brilho inexplicável no olhar. – Mas ela está a ser parva. Ela não quer reconhecer o talento que tem. Tem vergonha de cantar à frente de pessoas porque diz que todas lhe diriam que ela tem uma voz horrível e não tem jeito para cantar. – Revirou os olhos. – Além disso diz que tem de ser médica tal como os seus pais lhe mandaram e blablabla. Mas devias de a ouvir Bill, ela é fantástica. – Inclinou a cabeça para trás e fitou o tecto, finalizando assim o que queria contar.
Marie
Blood
Quando eu crescer II